Política de comunicação é discutida com especialista da Secom

Brasília, 20/03/2012 – A comunicação existe para ajudar as organizações públicas a cumprirem seus objetivos, mas tendo como eixo o cidadão. A opinião é do assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Jorge Duarte, recebido nesta terça-feira, na sede da Defensoria Pública da União (DPU), em Brasília, para falar sobre o assunto. A palestra do jornalista, responsável pelo Núcleo de Comunicação Pública da Secom, acontece em consonância com os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho para apresentação de anteproposta de Política de Comunicação da DPU, instituído pela Portaria 144/12. “Fazer uma conversa como esta é uma devolução, pois também sou servidor público”, afirmou o assessor da Secom. “É muito importante a elaboração de um plano consistente nessa área, que norteie nossas ações nos próximos anos”, disse o defensor público-geral federal, Haman Tabosa de Moraes e Córdova, ao agradecer a colaboração de Jorge Duarte, autor de vários livros na área de comunicação pública. Caso da Embrapa Jorge Duarte relatou sua experiência na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), onde ingressou em 1990. A seu ver, a política de comunicação da Embrapa é muito evoluída e contribui para o debate do tema, apesar de ser diferenciada, por se tratar de uma empresa pública. “A comunicação faz parte da organização inteira e tem de ser vista em uma perspectiva ampla, de como alcançar as pessoas ‘do outro lado da rua’, ou seja, a prioridade é o cidadão”, disse. Ao abordar o caso da Embrapa, Jorge Duarte explicou que à época da reformulação da área, entre 1994 e 1995, os 37 centros de pesquisa existentes atuavam de forma independente. O foco era voltado à comunidade rural e o público urbano não conhecia a instituição. Para reverter esse quadro, um pequeno grupo de profissionais de comunicação iniciou estudos para o planejamento estratégico e a implantação da política da área. Segundo o jornalista, os trabalhos envolveram vários setores da Embrapa e a elaboração de diagnóstico organizacional, contratação de consultoria externa, discussões internas, alinhamento com as demais políticas da empresa, além de validação em seminários regionais. Impacto organizacional Ao ser criada, a política de comunicação da Embrapa gerou um grande impacto sobre a empresa e seus públicos, uma vez que se tornou mais visível na imprensa, se aproximou da sociedade e obteve a integração de suas áreas, tornando-se referência nacional e, depois, internacional. “A política de comunicação da Embrapa é como a Constituição, é o documento orientador e normativo, que contempla conceitos, princípios, valores, diretrizes e procedimentos compartilhados por toda a organização”, concluiu Jorge Duarte. Ele informou ainda que são realizadas revisões periódicas no texto. O encontro contou também com a presença do subdefensor público-geral federal Afonso Carlos Roberto do Prado, do chefe de gabinete do defensor público-geral federal, Bruno Vinícius Batista Arruda, da defensora pública-chefe no Distrito Federal, Caroline de Paula Oliveira Piloni, do servidor Raul Colvara Rosinha, que coordena as atividades do grupo de trabalho da DPU, assim como dos servidores das áreas de publicidade, relações públicas e jornalismo da instituição. Jorge Duarte é jornalista, relações públicas e doutor em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo. Professor de pós-graduação, é funcionário da Embrapa e atua na Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República. É organizador dos livros “Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação” e “Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia”. Trabalha ainda como professor do Uniceub. Defensoria Pública-Geral da União SBS Quadra 01, Blocos H/I, Lotes 26/27 - CEP: 70070-110 - Brasilia/DF