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26 de Abril de 2024
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    Comunidade quilombola de Itacoatiara se reúne com a DPU no Amazonas

    há 9 anos

    Manaus, 31/03/2015 – Representantes da comunidade quilombola Sagrado Coração de Jesus do Lago de Serpa, antigo Lago dos Pretos, em Itacoatiara (AM), se reuniram com o defensor federal Edilson Santana, do Grupo de Trabalho Quilombola da Defensoria Pública da União (DPU), na tarde da sexta-feira (20). O encontro teve como objetivo esclarecer as principais demandas do grupo, que recebeu em dezembro passado o título de remanescente de quilombolas pela Fundação Cultural Palmares.

    A origem da comunidade do Lago de Serpa remonta ao ano de 1855, quando contrabandistas furavam o bloqueio de navios negreiros que vinham ao Brasil. Os pesquisadores Claudemilson de Oliveira e Thyrso Muñoz, responsáveis por produzir o dossiê fundamental para o reconhecimento desse quilombo, participaram da reunião, apresentando dados históricos sobre sua formação.

    “Diferentemente de outras comunidades que preservam muito da cultura africana, no Lago de Serpa as crenças religiosas de matriz africana e outros costumes e festejos de tradição africana foram se perdendo desde a época do Império, durante a incursão da Igreja Católica na Amazônia”, explicou Thyrso Muñoz.

    A agricultura familiar, a pesca, a criação de pequenos animais e o extrativismo são as principais atividades econômicas da comunidade do Lago de Serpa. Dentre os problemas enfrentados, conflitos em razão da atividade de invasores de terra, interessados na especulação imobiliária, que destroem a mata ciliar ao redor do lago e aterram as nascentes dos rios. “Somos ameaçados por pessoas poderosas que comandam essas invasões e não temos apoio do poder público local para impedir isso”, reclamou Adevaldo Alves, morador da comunidade.

    De acordo com o defensor Edilson Santana, as demandas existentes na comunidade são similares às identificadas em outras já certificadas há mais tempo. “No Amazonas encontramos uma dificuldade extra, referente ao acesso a áreas geralmente distantes. A DPU tem se movimentado para conseguir expandir seus serviços e permitir acesso à Justiça e políticas públicas a esses locais. Paulatinamente a instituição tem conseguido avançar, nada obstante as enormes barreiras que têm de transpor", declarou o defensor.

    Assessoria de Comunicação Social
    Defensoria Pública da União

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