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25 de Abril de 2024

Justiça determina que INSS suspenda descontos irregulares em benefícios

há 11 anos

Curitiba, 06/05/2013 – O Juizado Especial Federal Cível de Curitiba decidiu, na semana passada, que o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) deve suspender os descontos irregulares no benefício previdenciário de dois assistidos da Defensoria Pública da União (DPU) no Paraná, sob pena de multa diária de R$50,00 pelo descumprimento.

Em um dos casos, o desconto irregular chegava a R$ 124,00, fazendo com que a concessão da aposentadoria ficasse abaixo do mínimo estipulado pela Constituição Federal.

A.L.C., um dos assistidos, é paraplégico e começou a receber o benefício de prestação continuada (BPC) a pessoa portadora de deficiência em 1996, mas desde 1986 ele recebia auxílio acidente no valor de R$ 100,00. Após 27 anos, o INSS deixou de pagar um dos auxílios e informou uma dívida montante de R$ 6 mil. Assim, além de cortar o benefício acidentário, passou a descontar o valor já pago no BPC.

A defensora pública federal Rafaella Mikos Passos argumentou que efetuar descontos em benefício de valor mínimo fere a garantia constitucional bem como o princípio da dignidade humana, já que o assistido recebeu os dois benefícios de boa fé.

No caso do assistido L.P.S, absolutamente incapaz e representado por um curador, foi concedido benefício assistencial por portar deficiência mental, desde 1996. Porém com o falecimento da mãe, que era responsável pelo seu auxílio assistencial, ele recebeu a concessão de pensão por morte. Com isso, o INSS passou a descontar aproximadamente quatro salários em parcelas mensais, tornando o provento do segurado inferior ao salário mínimo.

“Em casos como o que aqui se coloca à análise, observa-se que o valor recebido proveniente dos benefícios possui caráter alimentar e não se pode retroagir seus efeitos para obrigar o beneficiário a restituir o que a Administração julga ter sido indevidamente recebido, se o beneficiário em nada contribuiu para o erro. A parte autora recebeu aqueles valores de boa fé”, afirmou a defensora.

Assessoria de Imprensa

Defensoria Pública da União

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Tenho recebido ligacões de uma pessoa de São Paulo, identificando-se como assessora de um Órgão do Banco Itaú/BMG, ameacando mandar meu nome para o Servico de Protecão ao Crédito, alegando que estou com prestacões do Empréstimo Consignado em atraso, oras, como posso estar em atraso, se o mesmo é descontado diretamente no pagamento do benefício do INSS. continuar lendo